


posvenção


Uma pesquisa aponta que de 28 a 50 pessoas afetadas cada vez que alguém tira a própria vida, então mais de 56 mil sobreviventes, sendo isso só no Brasil. Os sobreviventes normalmente não acreditam que precisam de um cuidado especial e acabam por não procurarem ajuda. É por isso que de sobreviventes, eles passam a ser considerados SUICIDAS EM POTENCIAL.
Eles costumam acreditar que tem culpa, sentem vergonha em falar sobre, buscam um motivo para a pessoa ter tirado a própria vida, sente-se responsável por ter ou por não ter feito algo, sente dificuldade em entender a morte, podem se isolar de amigos e familiares, sente-se desanimados e tristes.

Os sobreviventes do suicídio geralmente se sentem ABANDONADOS. As pessoas próximas costumam se afastar por não saber o que fazer diante da situação, os sobreviventes também podem se afastar por sentir VERGONHA de conhecer ou ser parente de alguém que tirou a própria vida, além de existir o PRECONCEITOque pode ser de ambos lados.
Sem um cuidados apropriado, os sobreviventes, especialmente as crianças, podem acabar vivendo um luto traumático. É por isto que POSVENÇÂO é tão importante, porque ela é o cuidado e a prevenção para para quem ficou.
A posvenção é realizada com atendimento profissional, amparo de pessoas próximas, toda e qualquer coisa que dê ao sobrevivente um conforto, diminuindo seu sofrimento e evitando que ele pense também em cometer suicídio.
DO QUE OS SOBREVIVENTES PODEM PRECISAR?
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AJUDA para assuntos práticos;
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Que as informações sejam repetidas, pois estão vivendo um MOMENTO MUITO DIFÍCIL e não conseguem entender muitas coisas.
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ATENDIMENTO PROFISSIONAL de médicos, psiquiatras e terapeutas.
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Contato com OUTRAS PESSOAS que passaram pela mesma situação ou que consigam lhe acolher da maneira que ele esteja precisando

Nunca se está completamente preparado para a morte, seja a sua ou de alguém que se ama. O suicídio mexe com muitos sentimentos de uma pessoa e de forma geral é devastador. DEVASTADO é como se sente alguém que perdeu um amigo ou parente e não consegue tocar a vida normalmente principalmente, entender a ausência de quem se foi.
Os sobreviventes costumam se SENTIR CULPADOS e isto é muito preocupante e deve ser respeitado. O choro, a revolta e o desespero devem também ser respeitados e esgotados para que quem está sofrendo consiga aos poucos superar. A RETOMADA DA VIDA deve ser aos poucos, assim como o controle das tarefas e compromissos. É importante sempre contar com ajuda do maior número de pessoas e profissionais para que a pessoa que está sofrendo não se sinta só.
Para quem fica, controlar a dor pode ser muito difícil, mas é importante começar ou recomeçar. Retome projetos, atividades que gosta de fazer, procure ficar próximo de que você você e te faz bem, fale o quanto achar que deve sobre o assunto, respeite seu tempo e procure entender a NOVA REALIDADE.
A vida segue! Permita-se seguir com ela!
E ela ainda vai te surpreender de quão boa ela pode ser!
Profissional e Sobrevivente
O profissional que atende suicidas em potencial, pacientes com ideação suicida, sobreviventes, ou que tiveram pacientes que tiraram a própria vida, também são considerados SOBREVIVENTES.
Por melhor profissional que ele seja, é certo que perderá alguns pacientes por suicídio.
Caso isso aconteça, o profissional deverá elaborar seu luto pessoal e também profissional, trabalhando o vínculo que foi estabelecido com o paciente.
Cabe ao profissional identificar o melhor momento para retomar seus serviços e compreender que não possui a obrigação de curar ou salvar todos os pacientes.
